Páginas

quarta-feira, 21 de maio de 2025

‘Se não reagirmos, em 15 anos não haverá mais democracia no mundo’, diz historiador

"Para João Cezar de Castro Rocha, é imperioso enfrentar Elon Musk e o avanço da extrema direita nas redes sociais"

 

O historiador e professor na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) João Cezar de Castro Rocha tem um trabalho árduo que ele mesmo se impôs: frequentar as comunidades da ultra direita nas redes sociais e ler os livros de Olavo de Carvalho e Edir Macedo.

Docente de literatura comparada, passou a vida lendo os clássicos. “Passar de Machado para Olavo de Carvalho é realmente doloroso”, registra. Com dois doutorados, o segundo deles na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, tornou-se um pesquisador da extrema direita nos últimos tempos.

“Quando comecei a escrever sobre o assunto eu desejava muito estar equivocado. Porque é muito assustador”, relata. “Publiquei no ano passado o meu último livro descrevendo a midiosfera extremista. Algumas pessoas disseram: 'Não, isso é um exagero!'. Estamos vivendo agora o que eu escrevi”, adverte. Também é um estudioso das igrejas neopentecostais, que o Brasil importou dos Estados Unidos nas últimas décadas do século 20, e que desenvolvem o que chama de “teologia do domínio”.

O que você vai ler agora é uma versão reduzida da longa entrevista com João Cezar no podcast De Fato, do Brasil de Fato RS. Acompanhe. Vale cada linha.

Leia toda a matéria


 Fonte: Brasil de Fato

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Socialismo com Características Chinesas: inteligência artificial de graça e com código aberto


O lançamento do Deepseek, modelo avançado de inteligência artificial de código aberto desenvolvido na China, está reconfigurando as bases do mundo tecnológico. Ao contrário do modelo predominante no Ocidente, onde grandes empresas monopolizam a inovação e lucram com acesso restrito às tecnologias, a startup da China aposta em uma abordagem inclusiva e colaborativa. O Deepseek reflete a filosofia do "Socialismo com Características Chinesas", um modelo político e econômico desenvolvido na China que combina os princípios do socialismo, como a liderança do Partido Comunista, com mecanismos de mercado para impulsionar o crescimento econômico. Ele busca alinhar o planejamento estatal à inovação tecnológica e à abertura econômica, preservando a soberania nacional e adaptando o socialismo às especificidades culturais, históricas e econômicas do país. Esse sistema prioriza o desenvolvimento coletivo, a redução das desigualdades e o fortalecimento da China como potência global, ao mesmo tempo em que promove uma narrativa de modernização com inclusão social.

Ao disponibilizar o Deepseek de forma gratuita e aberta, a China demonstra, na prática, sua política do "ganha-ganha". Essa estratégia, que guia as relações internacionais chinesas, propõe que a prosperidade de uma nação pode e deve beneficiar outras, criando um ciclo virtuoso de cooperação. Para a China, a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta para ganho econômico, mas uma alavanca para a redução das desigualdades globais. Com o Deepseek, pequenos países em desenvolvimento, que muitas vezes ficam à margem das revoluções tecnológicas, agora têm a chance de acessar tecnologia de ponta para resolver problemas locais, como otimização agrícola, saúde pública e educação personalizada.

Internamente, chineses já colhem os frutos dessa visão de inclusão tecnológica. Ao aplicar IA em larga escala, promoveu avanços significativos em áreas como infraestrutura, logística e conectividade digital para comunidades rurais. Esses resultados sustentam sua narrativa de que o Socialismo com Características Chinesas não se limita ao desenvolvimento econômico, mas busca equilibrar inovação tecnológica com justiça social. No cenário global, o Deepseek consolida essa postura ao exportar uma tecnologia que incentiva o compartilhamento de conhecimento e a colaboração entre países, marcando uma ruptura em relação à lógica de competição predatória típica de outras potências tecnológicas.

O Brasil é um dos países que mais têm a ganhar com a chegada do Deepseek e com a ampliação da cooperação com a China. Durante a visita do presidente chinês Xi Jinping ao Brasil em novembro de 2024, foram firmados 37 acordos bilaterais, incluindo o estabelecimento de um Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar. Este laboratório permitirá ao Brasil adaptar soluções do Deepseek às necessidades da agricultura tropical, promovendo produtividade sustentável para pequenos agricultores. Outro acordo, voltado ao fortalecimento de capacidades em IA, prevê o intercâmbio de pesquisadores e a formação de profissionais brasileiros, consolidando a transferência de conhecimento e tecnologia. Com o apoio da China, o Brasil tem a oportunidade de desenvolver algoritmos próprios e avançar em áreas estratégicas como saúde, educação e inclusão digital, ao mesmo tempo em que preserva sua soberania tecnológica.

Essa política de código aberto também é um ato estratégico. Ao disseminar uma tecnologia robusta e acessível, a China se posiciona como líder global em inteligência artificial e influência tecnológica, ampliando seu soft power. Para os países que adotarem o Deepseek, a parceria com a China traz mais do que tecnologia: inclui acesso a infraestrutura, treinamento e financiamento, como demonstram iniciativas já em curso no Brasil. Esse movimento consolida a visão de que a liderança global da China não se baseia na exploração de mercados, mas na construção de redes interdependentes de prosperidade compartilhada.

O impacto do Deepseek é, portanto, mais profundo do que apenas no mundo da tecnologia. Ele simboliza uma alternativa ao modelo hegemônico centrado no lucro e na concentração de poder, oferecendo uma visão de futuro onde a inteligência artificial é uma ferramenta para o bem-estar coletivo. Ao unir tecnologia de ponta com uma política de inclusão global, a China reafirma seu compromisso com um desenvolvimento que prioriza pessoas e comunidades. O Deepseek é mais do que um modelo de IA: é um manifesto do que o Socialismo com Características Chinesas pode oferecer ao mundo no século XXI.

 

Fonte: Brasil 247

 

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Projeto faz vítima de estupro que aborta ter pena maior que o estuprador

O projeto de lei proposto pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), integrante da bancada evangélica, visa equiparar o aborto realizado após a 22ª semana de gestação ao crime de homicídio. A medida provocou debates intensos e preocupações sobre suas possíveis consequências legais e sociais.

Atualmente, o aborto é protegido por lei em certos casos, mas o novo projeto propõe penas mais severas. Se aprovado, o aborto após a 22ª semana seria tratado como homicídio simples, de acordo com o artigo 121 do Código Penal, com penas variando de 6 a 20 anos de prisão.

A legislação atual sobre estupro, presente no artigo 213 do Código Penal, prevê penas mínimas de 6 anos para vítimas adultas, podendo chegar a 10 anos. Para menores de idade, a pena mínima sobe para 8 anos e a máxima para 12 anos. Em casos de estupro de vulnerável, onde a vítima tem menos de 14 anos ou é incapaz de oferecer resistência, a pena mínima é de 8 anos, podendo chegar a 15 anos.

Se resultar em lesão corporal grave, a pena pode alcançar 20 anos. Num cenário hipotético montado pelo g1, onde uma mulher adulta vítima de estupro interrompa a gravidez após a 22ª semana, ela poderia ser condenada a até 20 anos de prisão, enquanto seu agressor receberia uma pena de 6 a 10 anos.

Especialistas em direitos humanos e advogadas feministas criticam duramente o projeto. Maíra Recchia, advogada especializada em gênero, classifica o projeto como absurdo e incompatível com a legislação atual que não pune o aborto em caso de estupro.

Gabriela Sousa, advogada feminista e sócia da Escola Brasileira de Direito da Mulher (EBDM), considera a proposta uma violação dos direitos humanos e inconstitucional, por violar tratados internacionais assinados pelo Brasil.

O ministro Silvio Almeida chamou a medida de “imoralidade e inversão dos valores civilizatórios mais básicos”, destacando a discrepância entre a punição de mulheres estupradas e seus agressores. Ele enfatizou que a proposta é inconstitucional, ferindo o princípio da dignidade humana e submetendo mulheres violentadas a um tratamento discriminatório.

O projeto altera o Código Penal para estabelecer penas de 6 a 20 anos de prisão para mulheres que realizem aborto após a 22ª semana, e penas equivalentes para terceiros que realizem o procedimento, com ou sem consentimento. A proposta também restringe o aborto em casos de estupro, permitindo o procedimento apenas até a 22ª semana de gestação.

A proposta é assinada por 32 deputados, incluindo Sóstenes Cavalcante e Eli Borges (PL-TO), presidente da bancada evangélica. O parlamentar espera que o projeto receba mais de 300 votos na Câmara dos Deputados e vê a aprovação como um teste para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que se declarou contra o aborto durante a campanha eleitoral.

 

Fonte: Diádio do Centro do Mundo

 

sábado, 8 de junho de 2024

E se Jesus voltasse hoje?

A possibilidade do retorno de Jesus Cristo é um tema central no cristianismo, especialmente em correntes evangélicas e pentecostais. Segundo a doutrina cristã, o retorno de Jesus, conhecido como a "Segunda Vinda" ou "Parúsia", terá profundas implicações espirituais, sociais e globais. Aqui estão algumas das crenças e expectativas associadas a essa ideia:

1. Crenças Teológicas

  • Julgmento Final: Muitos cristãos acreditam que Jesus voltará para julgar os vivos e os mortos. Haverá um julgamento final onde cada pessoa será avaliada por suas ações e fé.
  • Estabelecimento do Reino de Deus: Jesus estabelecerá um reino eterno de paz, justiça e amor.
  • Ressurreição dos Mortos: Acredita-se que os mortos ressuscitarão, recebendo corpos glorificados para viver eternamente com Deus.
  • Arrebatamento: Algumas correntes, especialmente dentro do evangelicalismo, acreditam que os fiéis serão arrebatados para encontrar Jesus nos céus.

2. Implicações Espirituais

  • Transformação Moral: A expectativa da volta de Jesus frequentemente motiva os crentes a viverem vidas moralmente puras e dedicadas à fé.
  • Esperança e Consolação: Para muitos, a promessa do retorno de Jesus traz esperança e conforto, especialmente em tempos de sofrimento ou perseguição.

3. Impacto Social e Global

  • Movimentos Religiosos: A crença na segunda vinda pode influenciar movimentos religiosos, missões e evangelismo, incentivando os cristãos a espalharem sua fé.
  • Mudanças Políticas: Em alguns contextos, a expectativa do retorno de Jesus pode influenciar decisões políticas e sociais, baseadas na interpretação das profecias bíblicas.
  • Diálogo Interreligioso: A volta de Jesus é um ponto de convergência e divergência entre diferentes religiões. Por exemplo, no Islã, Jesus (Isa) também é esperado para retornar, embora com um papel diferente do que no cristianismo.

4. Sinais e Profecias

  • Sinais dos Tempos: Muitas tradições cristãs ensinam que haverá sinais específicos precedendo a volta de Jesus, como catástrofes naturais, guerras, aumento da imoralidade e o surgimento de falsos profetas.
  • Interpretação das Escrituras: A interpretação das profecias bíblicas, especialmente no Apocalipse, no livro de Daniel e em outros textos proféticos, é uma área de estudo e debate entre teólogos.

5. Reações da Sociedade

  • Expectativa: A notícia do retorno de Jesus provocaria diversas reações, desde alegria e celebração entre os crentes até ceticismo e descrença entre os não-crentes.
  • Mudanças na Dinâmica Global: Poderiam ocorrer mudanças significativas na política global, economia e relações internacionais, dependendo de como diferentes culturas e nações interpretassem e reagissem ao evento.

Em resumo, se Jesus voltasse, teria um impacto profundo e multifacetado no mundo, afetando crenças individuais, práticas sociais e dinâmicas globais. A ideia da volta de Jesus continua a ser uma fonte de inspiração, esperança e debate entre milhões de pessoas ao redor do mundo.

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Nos dias de hoje a humanidade anda muito acelerada

É verdade que a sensação de aceleração da vida moderna é algo cada vez mais comum. Diversos fatores contribuem para essa percepção:

Avanços tecnológicos: A constante inovação em áreas como comunicação, transporte e informação intensifica o ritmo de vida. A enxurrada de notícias, notificações e mensagens exige atenção constante, gerando a sensação de urgência e sobrecarga.

Cultura da produtividade: A valorização exacerbada da produtividade e do sucesso individual pressiona as pessoas a se dedicarem cada vez mais ao trabalho e às atividades consideradas "úteis". Isso pode levar ao estresse, à exaustão e à dificuldade de aproveitar momentos de lazer e descanso.

Globalização: A interconexão global intensifica a competitividade e a cobrança por resultados rápidos, intensificando a sensação de pressa e urgência.

Mudanças sociais: Transformações como a emancipação feminina e o aumento da participação das mulheres no mercado de trabalho exigem um reequilíbrio entre as diferentes áreas da vida, gerando novas demandas e desafios.

Busca por significado: Em uma sociedade em constante mudança, muitas pessoas buscam encontrar significado e realização em suas vidas, o que pode levar à busca por múltiplas atividades e experiências, intensificando o ritmo de vida.

Embora a aceleração da vida moderna traga benefícios como acesso à informação e oportunidades, é importante estar atento aos seus impactos negativos. É fundamental buscar um equilíbrio entre as diferentes áreas da vida, priorizar atividades que tragam significado e realização, e cultivar hábitos que promovam o bem-estar físico e mental.

Algumas dicas para lidar com a aceleração da vida moderna:

  • Defina prioridades: Determine quais são as áreas da sua vida que realmente importam para você e foque nelas. Diga não a atividades que não contribuem para seus objetivos ou que te causam estresse.
  • Estabeleça limites: Defina horários para trabalhar, estudar e se dedicar às atividades de lazer. Evite levar trabalho para casa ou checar e-mails e mensagens fora do horário de trabalho.
  • Pratique atividades relaxantes: Reserve tempo para atividades que te tragam paz e bem-estar, como meditação, yoga, leitura ou contato com a natureza.
  • Cuide da sua saúde física: Alimente-se de forma saudável, pratique exercícios físicos regularmente e durma pelo menos 7 horas por noite.
  • Cultive relacionamentos: Passe tempo com familiares e amigos, converse com pessoas que te apoiam e te fazem sentir bem.
  • Busque ajuda profissional: Se você está se sentindo sobrecarregado ou estressado, procure um psicólogo ou outro profissional de saúde mental para obter ajuda.

Lembre-se: você não precisa acompanhar o ritmo frenético da vida moderna. É importante encontrar o seu próprio ritmo e viver de acordo com seus valores e prioridades.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

"Israel é um estado terrorista", diz Samuel Braun, após o avanço do holocausto do povo palestino

Professor defende que o sionismo seja tipificado como movimento de ódio, para que suas práticas sejam cessadas

Por Samuel Braun, em seu X Que horror! Israel obrigou os civis palestinos a fugirem para tendas ao redor de uma instalação da ONU em Rafah. E hoje bombardeou as tendas!

Idosos, mulheres e crianças QUEIMANDO sob o o ataque aéreo sionista.

A ONU já mandou parar. O Tribunal de Haia já mandou parar. A União Européia e 80% dos países do mundo já clamaram para que a Israel pare. Israel réu por genocídio e seus líderes sob pedido de prisão internacional.

O que falta?

Por que os defensores desse horror desumano ainda estão livres entre nós, disseminando ódio, racismo e júbilo com as intermináveis mortes horrendas?

Assassinos movidos por ideologia repugnante, mimetizadores do nazismo, promotores de mais um Estado supremacista racial sádico e brutalmente destrutivo contra uma etnia perseguida. Quanto mais se isolam, mais se sentem superiores, escolhidos, justificando sua barbárie na conquista de terra alheia como espaço vital.

Chega! Basta! Israel se comporta como o mais cruel terrorismo, e seus apologistas se tornam cada dia mais radicais, hipocritas e agressivos. É preciso que esse movimento de ódio seja tipificado e suas práticas cessadas. 


Fonte: Brasil 247